domingo, 11 de maio de 2008

2007.11.22 - Casa Municipal da Cultura (Coimbra) - Apresentação de "Variações sobre tema de Vítor Matos e Sá: Invenção de Eros"

Antes de mais, agradeço a vossa presença, sem a qual nada disto teria qualquer sentido. Quando se escreve, escreve-se para alguém. Sem leitores, de nada vale um livro. São os leitores que lhe dão realmente significado.

Agradeço também ao António Vilhena pela disponibilidade para efectuar a apresentação deste título, aqui em Coimbra. A sua leitura enriqueceu, de facto, este Variações.

Este título é único na minha obra publicada. Único no sentido de não ser um ciclo transpirado. E digo-o pela sua génese e posterior desenvolvimento. Nunca acreditei nessa coisa a que chamam de inspiração dado sempre ter procurado os temas e as formas de melhor os tratar, mas este Variações é, de facto, um livro inspirado.

Surgiu da conjunção da audição de “Rapsódia sobre um tema de Paganini” de Rachmaninov e da leitura do soneto “Invenção de Eros” de Vítor Matos e Sá, que está sequencialmente e na íntegra no corpo deste ciclo poético.

Quando dois valores, que reporto como maiores na música e na Poesia, se juntam, só há que aproveitar a circunstância. E foi o que fiz. Aproveitei o tema e a forma, que esse instante me entregou, como se costuma dizer, de mão beijada. A 6 e 7 de Maio de 2006, ele foi escrito, melhor: passado para o papel.

Com o seu surgimento, também a decisão de participar, caso o regulamento o permitisse, no Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá, mesmo tendo vencido o anterior certame com o título “O guardador das águas”. Há quem diga que não há duas sem três, mas só o farei em 2010 se algo de excepcional ocorrer.

Para concluir, creio que deveria ser criado um regime obrigatório, melhor, um regime de voluntariado compulsivo para que todas as histórias possuíssem um final feliz. Não quero dizer com isto casamentos com prole extensa.

No caso dos livros, o final feliz corresponde a duas opções maiores. Por um lado, em sentido figurado ou talvez não, rasgados por serem maus ou, caso contrário, gastos pelo uso.

Ou seja: como gosto de dizer, que não passem indiferentes.

Muito obrigado.

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