Há para cada labirinto
asas de dédalo no olhar
***
Perto da queda, procuro uma
saída, uma Arca de Noé,
por onde as palavras escapem
do vil dilúvio das máscaras.
***
Da olaria cósmica, nem um
cometa pelo céu resta. Só um rastro
perpétuo de uma ogiva
de fogo e sangue e morte.
E um corpo ofióide, que silva
pendente na árvore do saber,
espera que alguém lhe resgate
a maçã que na boca possui.
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