domingo, 30 de novembro de 2008

[Não há soneto como o que em primeiro]

Não há soneto como o que em primeiro
escreves. A palavra bem medida.
O verso generoso. Onde até a vida
rima com tudo. É nobre, audaz guerreiro.

Paladino de justa causa. Obreiro
de poesia à flor da pele sentida.
Doce sílaba alada, enternecida
pelo canto de Sirene qual barqueiro

que enlaça o seu destino ao coração.
As palavras são virgens com o cio
sedentas navegantes deste rio.

Meu soneto, o primeiro, que emoção
transpirava de cada verso erguido
como cometa errante e ensandecido.

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