quinta-feira, 20 de novembro de 2008

[Meu amor, que canção te canto agora]

Meu amor, que canção te canto agora,
que partiste no dorso da palavra,
amor, sem poesia desta lavra
que fizemos por nossa vida. Embora

foste sem o poema por esta hora
tão longa, eterna, infinda. Que reabra
a esperança, o retorno, o poema. Abra
o sentir, o momento em que a mão aflora

o ventre da metáfora e pressente
o corpo desse verso por nascer.
Mas que poema, amor, que poesia

há sem que teu olhar em voo rente
reencontre a beleza de reter
um verso em nossas mãos somente um dia.

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