quinta-feira, 12 de junho de 2008

2008-06-10 – Centro Cultural de Bragança – Apresentação de “Nove ciclos para um poema” (Edium Editores, 2008)

É bom regressar a Bragança. Digo-o, não por cortesia, mas porque é de facto bom voltar aqui.

Em outubro, aquando da entrega do Prémio Literário da Lusofonia, referi a minha satisfação por, num certame multidisciplinar, a Poesia ter sobressaído. Nesse mesmo dia, esta autarquia mostrou todo o empenho e disponibilidade para auxiliar em tornar este livro uma realidade. Depois, tive conhecimento de que o novo regulamento deste certame literário contemplava o género teatral. Se outros não houvessem, estes são três grandes argumentos para me sentir bem aqui.

Se a Poesia é, tal como disse na altura, a arte que melhor exprime a alma de um povo, o teatro, pela escassa oferta existente no mercado, bem merece por parte das instituições uma particular atenção.

Quem gosta destas coisas da literatura, deve saudar a coragem da organização deste concurso pela não escolha de uma via mais fácil, mediaticamente mais apelativa.

Bem-hajam por isso.

Sobre este novo livro: “Nove ciclos para um poema”, pouco ou nada pode ou deve dizer quem o escreveu. No fundo, só vos posso trazer os motivos de o ter feito.

A partir do instante em que este se transforma em livro, objecto partilhável, como que deixa de ser do autor e passa a ser de quem o lê, aberto à crítica quer seja esta positiva ou negativa. Ambas são bem-vindas. Como já por diversas vezes disse só não aprecio a indiferença. Assim só posso referir os motivos da sua criação quer pelo conteúdo quer pela forma que assume.

“Nove ciclos para um poema” pretende ser uma homenagem ao mundo lusófono, partindo de nove citações de nove autores dos nove pontos do globo onde a lusofonia é a expressão maior: Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor.

Uma digressão de recolha dessas citações para, posteriormente, daí fazer nascer estes nove ciclos. É somente isto, o prazer de erguer Poesia no tal branco da página.

Espero que este livro, que agora surge, tenha o melhor acolhimento possível, que seja capaz de vos trazer algo, menos a tal indiferença.

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