À guisa de posfácio, pousei
Um derradeiro verso sobre a fria
Laje que cobre o túmulo onde um dia
Meu corpo inerte, inútil deixarei.
Pouco me resta, é certo. Do que sei,
Sendo pouco, farei uma enxertia
Em outra árvore. Quero poesia
Legar pelos recantos onde andei.
Semear poesia, é construir
Memória, sentido, sentimento.
É certeza da vida a refulgir.
Quando morrer, que morra. O que perdi,
Foi pouco mais que o instante, um só momento,
Porque, de resto, soube que vivi.
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2 comentários:
Camarada
Um apaluso de pé a este teu grande momento.
Os meus parabéns
Um abraço
Luis
Camarada Luís,
É um soneto já bem antigo, talvez do início da década de 90 (mania de não datar os poemas!).
O certo é que é um dos que mais gosto, embora hoje o escrevesse de forma diferente.
Mais um vez o meu muito obrigado pela leitura.
Um abraço
Xavier Zarco
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