Esta é a minha língua, a minha arma,
a minha alma, utensílio com que aro
os campos do poema. A que Camões
cantou em verso heróico pelo Tejo,
Ganges, Índico, Atlântico. A mesma
que Pessoa fez pátria e Vinícius
canção. Esta é a língua que sabe
a sal de mar e lágrimas. Matéria
reinventada em O’Neill. Amada por
Drummond. Esta é a língua do sonho,
caravela, avião, foguetão, bola
de Gedeão cruzando estrelas nas
mãos de uma criança, a ave do poema,
que recria e ilumina cada verso.
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