há um mar a navegar
um imenso mar azul a demandar
ilhas e continentes
rotas de tecidos
e exóticos sabores
caminhos urdidos na face
das ondas
na espuma do sonho
velas enfunadas
pelo vento da esperança de chegar
ou de partir
porque o desejo é partir
fazer do corpo barco
dos membros artefactos
do olhar instrumento náutico
das mãos
cartografia secreta
de paisagens
nunca dantes avistadas
porque há um mar
e um travo de sal na boca
do próprio poema
o que falta
é levantar âncora
sorver a distância
de um só trago
e navegar
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1 comentário:
muito boa noite caro Xavier Zarco!
Como vai essa poesia?
À um bom tempo que não dava aqui uma olhadela. Gostei muito deste poema.
Beijinhos
Cientista Poeta
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