Pelas margens do Pó, está Lampetusa
Chorando a queda, a perda por Apolo
E Clímene sentida. O que recusa
Os seus olhos, reclama o seco solo,
Mas é Pó quem recebe em suas águas
As lágrimas por Fáeton choradas.
E em silêncio correm suas mágoas
Qual veleiro de velas desfraldadas
Em cujo ventre o vento desabita.
E se no rio Faéton caiu
Não foi no esquecimento, pois medita
Lampetusa que em pranto se sorriu:
De Júpiter, o poder não é maior,
Se lembrado é de quem se sente a dor.
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