Cresce em torno da memória
um frémito de ausência.
Liquefeito, o poema corre
no corpo da ribeira
até ser freima.
Caudal intenso de sentidos.
Em redor, só o silêncio.
Frondosa árvore
que abraça o vento:
o paciente cinzel do tempo
por onde o verso brota.
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