sábado, 9 de agosto de 2008

[Cresce em torno da memória]

Cresce em torno da memória
um frémito de ausência.
Liquefeito, o poema corre
no corpo da ribeira
até ser freima.
Caudal intenso de sentidos.

Em redor, só o silêncio.
Frondosa árvore
que abraça o vento:

o paciente cinzel do tempo
por onde o verso brota.

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