do mar azul a imensa
imersa a voz
onde o poema em pétala
de espuma
branda e branca
se desfaz
e um barco
na origem do desejo
zarpa e rasga e esventra
o hímen das ondas
e as mãos do artífice
que a madeira cinge
ao côncavo do verso
onde brota a argila
a intensa argamassa
fecunda e fértil
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