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sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Monte Maior sobre o Mondego (ArcosOnline, 2006 - Temas Originais, 2010)
Monte maior sobre o Mondego
Menção Honrosa (Poesia) no Prémio Literário Afonso Duarte - 2004
(Temas Originais, Coimbra, 2010)
(e-book, Arcos Online, 2006)
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Menção Honrosa (Poesia) no Prémio Literário Afonso Duarte - 2004
(Temas Originais, Coimbra, 2010)
(e-book, Arcos Online, 2006)
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Três Poemas
Jorge de Montemor
Nasce o poema,
a palavra,
a sementeira do verbo,
da música.
Lo deseo,
eres la palabra
susurrada
de todos los ríos.
Tal vez
la palabra amor.
Talvez
a palavra dor.
Talvez.
Afonso Duarte
Escuto os teus poemas
e sente-se no sangue,
que flui em teus versos,
a voz do teu povo.
O que se ama
porque dele brotámos.
E a palavra mãe.
A palavra filha.
A telha vã.
O aroma da terra
de rosas florindo
e as mãos levando
seus espinhos.
E a palavra como enxada,
sulcando a página,
fecundando cada verso
com os gestos.
Escuto
em teus poemas
o rumor do Mondego.
Repara como dorme em tuas mãos.
Castelo de Monte-Mayor
Acordai,
pedras,
que vos chamo.
Dizei-me
dos segredos e sonhos
das mãos que vos ergueram.
Dessa alta mirada,
de onde olhais para a lonjura,
falai-me
do curvado povo
nos arrozais,
do sereno
ofício do sol,
das lendas
que o Tempo,
em seu lento caminhar,
em vós guardou.
Acordai,
pedras,
que em breve partirei.
Levar-vos-ei comigo
como quem leva um verso
ou uma ave
no olhar.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
À beira do silêncio (Virtualbooks, 2006)
À beira do silêncio
- Uma centena de experiências em poetrix
(e-book, Virtualbooks, Brasil, 2006)
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Três poemas
AGORA
Agora, ao som do mar distante,
adormeço nos braços da noite
como quem morre para renascer.
ÁGUIA-PESQUEIRA
Cia rumo ao espelho de água
como quem indaga
do movimento a matriz.
ALEGORIA
por entre as mãos
desfiam-se as palavras
na depuração da luz
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Stanley Williams (Virtualbooks, 2006)
Stanley Williams
(29-12-1953 – 13-12-2005)
Stanley Williams foi executado – por injecção letal - a 13 de Dezembro de 2005 na Prisão Estadual de San Quentin (Califórnia –Estados Unidos das América).
Por diversas vezes, foi nomeado para os Prémios Nobel da Paz e da Literatura.
Por diversas vezes, foi nomeado para os Prémios Nobel da Paz e da Literatura.
Excerto do Poema
a uma pedra não se nega
o rigor
do gesto nado
nos dedos do vento ou da água
só o tempo possui os seus mistérios
a decifração
de uma face diversa
ao caminho antes trilhado
nada é definitivo
tudo é transitório
(...)
o rigor
do gesto nado
nos dedos do vento ou da água
só o tempo possui os seus mistérios
a decifração
de uma face diversa
ao caminho antes trilhado
nada é definitivo
tudo é transitório
(...)
domingo, 19 de setembro de 2010
O fogo A cinza (LASA, 2005)
O fogo A cinza
Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage - 2005
Organizado pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão
(LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Setúbal, 2005)
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Três Poemas
Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage - 2005
Organizado pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão
(LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Setúbal, 2005)
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Três Poemas
moldava o pai o fogo das palavras
o filho observava o acordar
da chama
o murmúrio do fole
ancestral era o gesto soletrado
as sílabas do malho
no cântico da bigorna
***
serena é a arte do sol
o preciso conjugar
do nascimento e da morte
o bailado das sombras
ou a mesura do gesto
com que as mãos o olhar e a alma profanam
os segredos dos deuses
***
na forja a lenta combustão
do silêncio
entre risos e acordes
libertos da memória das árvores
línguas de fogo lambendo
a face das pedras
esboçando a ciência da música
sábado, 18 de setembro de 2010
O ciclo do viandante (Virtualbooks, 2005)
o mestre
disse:
dar-te-ei
a matéria
estas palavras
não o acto
de criar
***
há algo
aqui
na epiderme
dos sonhos
que clama
que te invoca
para a viagem
um longínquo ouro
que brilha
no centro da alma
no ventre
do olhar aberto
desperto
ao espanto
***
o corpo
como casulo
onde a larva
aprende
o desejo
das asas
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O guardador das águas (Mar da Palavra, 2005)
Organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
(Mar da Palavra, Coimbra, 2005)
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Três Poemas
(Mar da Palavra, Coimbra, 2005)
***
Três Poemas
Era de noite.
De breu se vestiam os montes,
a face do céu.
Por onde
vagueasse o olhar,
velas cintilavam
nas cortinas do cansaço
que os dedos do vento
acariciavam.
***
Era longa,
a noite.
Manta tecida e estendida
pelos campos
que desconhecidas mãos
regiam
ao ritmo das estações.
***
Em casa,
no silêncio habitado da memória,
a lareira
cantava o destino
da madeira.
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